O Ministério Público (MP) deflagrou na madrugada desta terça-feira (12), em parceria com a Polícia Civil, uma operação contra um grupo criminoso suspeito de fraudar licitações em Formosa, no Entorno do DF. Um servidor público e a ex-mulher dele foram presos. Eles são suspeitos de causar um prejuízo de R$ 5,3 milhões aos cofres públicos.
Segundo as investigações, Ari de Sena Souza e Filomena Maria Ataídes praticavam irregularidades desde 2000. O advogado deles, Marlon Rabelo, disse a equipe de reportagem que foi "pego de surpresa" com a prisão . Ele disse que ainda não teve acesso ao inteiro teor do processo e só irá se manifestar quando isso ocorrer.
A ação, batizada de Mujahidin, também realiza, além das prisões, o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão.
De acordo com o promotor de Justiça Douglas Chegury, eles usavam uma empresa na área de manutenção de piscinas e documentos falsos para participar das licitações, o que era vetado em virtude de seu cargo.
"O esquema funcionava da seguinte forma: o Ari, sendo servidor público, não poderia participar de processos licitatórios no município. Então ele criou uma empresa e colocou como laranja, a frente dela, sua ex-esposa", explica.
Além das prisões, segundo Chegury, a Justiça bloqueou os bens dos presos em até R$ 5,3 milhões para a reparação dos danos ao erário.