Por causa das agressões o nariz dela sangrou e o companheiro utilizando-se do dedo passava em seu sangramento e bebia o sangue da vítima dizendo a ela "que se o denunciasse colocaria amigos para estuprá-la e faze-la sofrer lentamente", e "que quando saísse da cadeia a mataria com 13 tiros na cabeça
A Polícia Militar foi acionada na cidade de Uruana na manhã desta segunda-feira (15/5), sendo informada de uma mulher que estava sendo agredida pelo seu companheiro na referida cidade.
De acordo com o registro da Polícia Militar, provas de prints de conversas e imagens feitas pela própria vítima comprovam as agressões. De posse de tais informações a equipe deslocou-se até o endereço onde foi atendida pela vítima de 25 anos, e eram visíveis as lesões e escoriações que a mesma havia sofrido pelo seu companheiro.
Questionada pelos policiais onde estava o companheiro, a vítima relatou que ele estaria dentro da residência e tinha acabado de acordar, foi realizada abordagem no suspeito de 24 anos, o qual recebeu voz de prisão pela prática da conduta criminosa com fulcro no ART. 129, § 9° lesão corporal dolosa - violência doméstica, do Código Penal Brasileiro.
Conforme o registro, a vítima relatou que estão juntos a quatro anos e que são de outro Estado, o suspeito está residindo em Uruana há cerca de três anos e ela há cerca de 2 anos. Ela relatou que não é a primeira vez que sofreu agressões.
Na noite de domingo (14), de acordo com o registro, eles saíram com amigos e após chegarem em casa o companheiro começou a agredi-la verbalmente e fisicamente com socos tentando acertar os olhos dela, ela conseguiu proteger com os braços, mas acabou sofrendo vários socos na boca, nariz e cabeça, além de chutes na região do tórax.
Por causa das agressões o nariz dela sangrou e o companheiro utilizando-se do dedo passava em seu sangramento e bebia o sangue da vítima dizendo a ela "que se o denunciasse colocaria amigos para estuprá-la e faze-la sofrer lentamente", e "que quando saísse da cadeia a mataria com 13 tiros na cabeça".
A equipe notou que havia várias manchas de sangue no chão da sala ocasionado pelas agressões do suspeito que foi conduzido até o Hospital Municipal para confeccionar relatório médico, a mulher também foi levada para o hospital. Conforme o registro.
Ainda conforme está na ocorrência policial, a vítima relatou para equipe que deseja medida protetiva, e quer retornar ao seu estado de origem para juntos de seus familiares onde se sente mais segura, mas que no momento não tem condições financeiras pra ir embora, alega que é mãe de duas crianças pequenas e já passam por necessidade, pois sua renda diminuiu, por ter perdido o benefício que recebia do governo (Bolsa Família).
O suspeito e a vítima foram apresentados a delegacia de Polícia Civil para lavratura do auto de prisão em flagrante. A reportagem do JP, não conseguiu contato com a defesa do suspeito para se manifestar a respeito deste fato.
Como a situação da mulher está muito difícil, 1° sargento Gabriel entrou em contato com o CRAS de Uruana que se comprometeram a analisar a situação dela.